
Ações
O Projeto Mani do Sertão executa ações técnicas integradas, a partir de investimentos voltados para o desenvolvimento da cadeia produtiva da mandiocultura na Serra do Brejo, no município de Bodocó, e na Serra da Baixa, município de Ipubi, Sertão do Araripe de Pernambuco. O projeto beneficia diretamente 30 famílias agricultoras, impactando cerca de 300 pessoas. Mani do Sertão está amparado na temática Sustentabilidade de Cadeias Produtivas na Agricultura Familiar por meio da Agroecologia e práticas de Convivência com o Semiárido, com foco na sustentabilidade econômica, social e ambiental da mandiocultura. O projeto promove encontros comunitários, dias de campo, visitas técnicas, oficinas, implantação de unidades demonstrativas de cultivo agroecológico da mandioca, intercâmbio, cursos, feiras e seminários municipais. A ideia é proporcionar um aprendizado individual e coletivo, com base na socialização dos conteúdos previstos nas atividades que envolvem formações técnica e social.
Ao longo do projeto, serão implantadas 60 unidades demonstrativas de cultivo consorciado e agroecológico de mandioca com plantas adubadeiras, somando um total de 18 hectares, que servirão de referência para outras famílias e comunidades circunvizinhas. A equipe técnica do projeto apoiará a elaboração de projetos comunitários para comercialização ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e a estruturação de unidades produtivas de produção de bolos, sequilhos, salgados e outras iguarias feitas dos subprodutos da mandioca pelas mulheres. O projeto prevê ainda a realização de duas feiras municipais “Delícias da Mandioca”, com atrações culturais para comercialização dos produtos da agricultura familiar.
Objetivo geral
Contribuir para o aumento da produção sustentável e da produtividade da mandiocultura no sertão do Araripe Pernambucano.
Objetivos específicos
- Diagnosticar a cadeia produtiva da mandioca no contexto da agricultura familiar.
- Capacitar agricultores familiares na seleção de manivas e cultivo agroecológico da mandioca.
- Elevar a disponibilidade de manivas limpas para o plantio com preparo de unidades demonstrativas de cultivo agroecológico da mandioca.
- Difundir o uso da mandioca na alimentação animal seguindo os princípios agroecológicos.
- Fomentar o beneficiamento e a comercialização dos produtos da mandioca.
O Projeto Mani do Sertão é desenvolvido pela ONG Chapada, e financiado pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e Inovação (Fundeci) do Banco do Nordeste. A iniciativa também conta com a parceria da ONG Caatinga.





O projeto tem como foco a cadeia produtiva da mandiocultura, sendo executado junto a um grupo de 20 mulheres agricultoras que vivem na Serra do Cavaco I, município de Araripina (PE). A iniciativa visa reduzir o desperdício existente na cultura da mandioca com aproveitamento total das raízes e partes aéreas na produção da ração; reduzir os gastos das mulheres com a aquisição de ração balanceada no comércio local para os seus animais; melhorar os níveis de renda das mulheres participantes do projeto, na medida em que elas comercializarem a ração que será produzida na unidade de beneficiamento.
As mandiocultoras são autossuficientes no que diz respeito ao cultivo de plantas forrageiras em suas propriedades para a fabricação da ração. Dessa forma, para incrementar as vendas, é necessário ampliar as áreas plantadas, diversificar o cultivo da mandioca para melhorar a produtividade e a sustentabilidade da cadeia produtiva na comunidade.
Objetivo geral
Instalação de uma unidade de produção de ração agroecológica feita a base da mandioca, destinada a alimentar bovinos, galinhas, porcos, caprinos e ovinos.
Objetivos específicos
- Recuperação dos solos aumentando a maior disponibilidade de nutrientes das plantas através da diversificação da produção.
- Desenvolver experiências de referência em cultivo agroecológico de mandioca.
- Melhorar a qualidade do rebanho por meio do manejo alimentar correto.
- Maior valorização financeira do rebanho.
- Fortalecer a organização social das mulheres na comunidade.
- Ampliar as capacidades técnica de gerenciamento coletivo das mulheres, promovendo a gestão compartilhada da unidade de benefeciamento.
- Ampliação dos niveis de renda indireta das mulheres através do consumo da ração para os animais .
- Ampliação dos niveis de renda monetária das mulheres através da comercialização da ração.
- Contribuir para a autonomia pessoal e econômica das mulheres;
- Estimular relações comerciais justas e solidárias entre as produtores e consumidores.
- Ampliar através da divulgação da comercialização da ração a visibilidade das potencialidades da mandiocultura na região.
O Projeto Ração do Sertão é realizado pela ONG Chapada e financiado pela Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (ADEPE).




A convivência com o Semiárido pressupõe a adoção da cultura do estoque. O Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) foi o primeiro programa desenvolvido pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), no início dos anos 2000, com o objetivo de atender a uma necessidade básica da população que vive no campo: água de beber. Com isso, o programa visa melhorar a vida das famílias que vivem na região semiárida do Brasil, garantindo o acesso à água de qualidade.
Nessa perspectiva, a iniciativa prevê a implementação de tecnologias sociais de acesso a água para captar e armazenar água da chuva destinada ao consumo humano de famílias rurais. As cisternas são construídas de acordo com as normativas técnicas apoiadas no âmbito do Programa Cisternas. Através do armazenamento da água da chuva em cisternas construídas com placas de cimento ao lado de cada casa, as famílias que vivem na zona rural dos municípios do Semiárido passam a ter água potável na própria residência. Não sendo mais necessário o sacrifício do deslocamento de quilômetros para buscar água para fazer um café, cozinhar e beber.
Isso é o chamamos de descentralização e democratização da água. Em vez de grandes açudes, muitas vezes construídos em terras particulares, as cisternas estocam um volume de água para uso de cada família. A grande conquista destas famílias é que elas passam de dependentes a gestoras de sua própria água.
Assim, o P1MC possibilita inúmeros avanços não só para as famílias, mas para as comunidades rurais como um todo, como o aumento da frequência escolar, a diminuição da incidência de doenças em virtude do consumo de água contaminada e a diminuição da sobrecarga de trabalho das mulheres nas atividades domésticas.
Com o P1MC, muitas comunidades rurais vêm passando por uma transformação mais profunda e estruturante. Com a passagem do programa na localidade, ficam os ensinamentos de que, reunidos e organizados, é mais garantido conquistar direitos violados. Assim, através do estímulo à organização comunitária, a conquista da cidadania vai se tornando realidade.
Atualmente a ONG Chapada executa o programa nos municípios de Araripina (200), Bodocó (200), Moreilândia (130) e Trindade (53). Dessa forma, o povo do Semiárido vai mudando sua história ao construir, com seu próprio suor, labor e alegria, uma nova história. Uma história escrita a partir do reconhecimento de sua capacidade de luta e defesa de seus direitos, no que se refere ao acesso à água, a educação contextualizada e de qualidade, ao crédito, à preservação das sementes crioulas, ao direito de se comunicar, entre tantos outros.




O Projeto Magia do Saber iniciou suas atividades no final do mês de julho e tem como público beneficiário 100 crianças e adolescentes, sendo 50 residentes na Vila Bringel e que são atendidas pela ONG SERVOS, e a outra metade está matriculada na Escola Municipal José Neri de Oliveira, situada no Alto da Boa Vista, município de Araripina (PE). De uma maneira geral estas crianças e adolescentes são oriundas de famílias de baixa renda (renda per capita mensal de até meio salário mínimo), com presença no núcleo familiar de desempregados e trabalho informal mal remunerado. Na Vila Bringel, segundo dados do CadÚnico, residem 460 famílias. A realidade desta comunidade é alarmante, em termos de violência, drogas, maus tratos, desproteção e desestruturação familiar. Enquanto os pais/mães trabalham, para conseguir o mínimo para sobreviver, muitas crianças e adolescentes ficam em casa sozinhas e/ou nas ruas. São crianças/adolescentes que estão em risco que precisam de proteção básica.
A iniciativa foi pensada a partir de um diagnóstico realizado na Escola Municipal José Neri de Oliveira com crianças e adolescentes matriculados nesta unidade de ensino, em que foi possível observar muitas dificuldades de aprendizagens entre os alunos do Ensino Fundamental, dentre elas: leitura, escrita, interpretação de textos e resolução de situações matemáticas simples. Eles necessitam de acompanhamento, pois a maioria encontra-se em níveis semelhantes de saberes, precisam melhorar a leitura e escrita e alguns ainda não são alfabetizados. Em matemática, a maioria domina apenas adição simples, necessitando melhorar na interpretação e resolução de situações-problemas.
Sendo assim, para que ocorra uma melhor aprendizagem na alfabetização e no letramento de maneira significativa e lúdica, é necessário que haja uma intervenção pedagógica ou reforço escolar, de modo que os/as alunos/as envolvidos/as possam completar o processo de alfabetização, e que o mesmo seja realizado no contra turno, tendo em vista que em suas residências, elas não têm nenhuma orientação das famílias, e também para não prejudicar a criança ou adolescente durante o horário de aula. Por fim, segundo diagnóstico realizado na escola e na ONG SERVOS, no âmbito familiar há situações de violência doméstica, abusos e negligências com crianças e adolescentes. Os gestores sugerem que estas temáticas sejam trabalhadas com os pais, com objetivo de desenvolver estratégias de parceria entre família e escola visando uma aprendizagem mais significativa e prazerosa. Este projeto traz, portanto, para crianças e adolescentes um grande benefício social que é o de ter suas vidas transformadas por meio do avanço da escolaridade e formação cidadã.
Objetivos específicos
• Alfabetizar plenamente as crianças e adolescentes inscritas no projeto, melhorando o desempenho escolar e a progressão no grau de escolaridade.
• Melhorar a autoestima e a autonomia de crianças e adolescentes inscritos no projeto através da alfabetização plena.
• Incluir crianças e adolescentes com necessidades especiais no reforço escolar e em todas as atividades do projeto.
• Propiciar aos pais cujos filhos estão inscritos no projeto a oportunidade de envolvimento e acompanhamento da vida escolar dos filhos.
• Oportunizar as crianças, adolescentes e aos pais, conhecimentos relacionados à violação de direitos e ao ECA.
• Proporcionar a comunidade escolar conhecimentos extracurriculares voltados para a formação cidadã, através da realização de atividades previstas no calendário socioambiental do projeto.
• Oportunizar a conselheiros municipais, docentes da rede municipal de ensino e integrantes de Organizações da Sociedade Civil (OSC) um espaço para reflexão e discussão sobre o ECA, e a educação inclusiva.
• Possibilitar às crianças atendidas pela ONG Servos, iniciação musical associado à prática de um instrumento musical que é o violão.
• Proporcionar às crianças atendidas pela ONG Servos aulas e aprendizados em informática.
• Garantir a segurança alimentar das crianças e adolescentes atendidas pela ONG Servos.
O Projeto Magia do Saber é uma realização da ONG Chapada e da ONG Servos, em parceria com a Escola Municipal José Neri de Oliveira, e o apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.



